sexta-feira, 17 de abril de 2009

O QUE É A RODA DOS ALIMENTOS?


Antigamente, para calcular as proporções que se devia consumir de cada nutriente, era necessário consultar permanentemente a Tabela da Composição. Foi, por isso que, em 1977, uma equipa de profissionais portugueses ligados à saúde criou a Roda dos Alimentos no âmbito da campanha de saúde alimentar “ Saber comer é saber viver”.

A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar de forma circular, que nos ajuda a combinar, em quantidades certas, os alimentos que deverão fazer parte da nossa alimentação diária.
A Roda dos Alimentos divide-se em segmentos de diferentes tamanhos, chamados grupos de alimentos e não hierarquiza os alimentos, isto é, atribui-lhes igual importância.

COMO É CONSTITUÍDA A RODA DOS ALIMENTOS?

ANTES

Existiam 5 grupos de alimentos sem indicação das porções recomendadas por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes:














AGORA




É composta por 7 grupos de alimentos de diferentes tamanhos que indicam a proporção com que cada um deles deve estar presente na nossa alimentação diária:

Não possuindo um grupo próprio, a água assume a posição central na nova Roda dos Alimentos. Isto porque, está representada em todos os grupos, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Por ser um bem tão essencial à vida recomenda-se o seu consumo diário na ordem dos 1,5 a 3 litros.
De uma forma simples e breve, a nova Roda dos Alimentos ensina-nos como manter uma alimentação saudável, completa, equilibrada e variada.

A RODA DOS ALIMENTOS É ADOPTADA EM TODO MUNDO?
Em muitos países, a roda dá lugar a uma Pirâmide dos Alimentos, que na opinião dos especialistas nacionais não representa aquilo que deve ser uma alimentação saudável. É que a pirâmide hierarquiza os alimentos, dá mais importância a uns alimentos do que a outros. E isto não está correcto, pois deve-se dar igual importância a todos os alimentos.

O QUE É A PIRÂMIDE ALIMENTAR?

A pirâmide alimentar é um esquema que distribui os vários tipos de alimentos e as quantidades em que cada um dos alimentos deve ser ingerido nas refeições.

ANTES

Incentiva-se a ingestão de hidratos de carbono – como massas, pães e cereais – em vez de gorduras.

DEPOIS



Esta Nova Pirâmide tem como base o exercício físico e o controlo do peso. Depois, os glícidos integrais, como pães e arroz. Acima, estão as verduras, os legumes e as frutas.
Aparecem depois os frutos secos e as leguminosas, como o feijão, a ervilha e o grão-de-bico. Em seguida, peixes, frango e ovos.


No topo da Pirâmide, encontram-se os lacticínios ou suplementos de cálcio, e por último, arroz branco, batata, massas e doces, juntamente com a carne vermelha e a manteiga, até uma dose moderada de bebida alcoólica é bem vinda.




CONCLUSÃO

As duas Pirâmides assemelham-se bastante quanto à posição das verduras, legumes e das frutas, que devem ser consumidas com entusiasmo. A grande novidade é o facto do exercício físico ser a base da Nova Pirâmide.


O QUE É UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL?


Uma alimentação saudável consiste em comer bem e de forma equilibrada para que os adultos mantenham o peso ideal e as crianças se desenvolvam bem e intelectualmente.
Devemos saber escolher os alimentos que ingerimos diariamente, variando o mais possível a alimentação e abranger semanalmente um grande leque de alimentos. São algumas das regras básicas que nunca devemos esquecer, para contribuir para um fornecimento de nutrientes essenciais ao correcto funcionamento do nosso organismo.
Todos os alimentos podem ter um lugar na alimentação desde que usados correctamente e com bom senso.

A ALIMENTAÇÃO É IMPORTANTE. PORQUÊ?


São os alimentos que fornecem todas as substâncias necessárias para a manutenção da vida (minerais, vitaminas, proteínas, açúcar, gordura) e, na criança, determinam o seu crescimento, sendo transformados em ossos, músculos, órgãos, gordura, pele, sangue e tudo mais. A alimentação influencia o funcionamento de todos os sistemas: nervoso, glandular, ósseo, muscular, urinário, digestivo, respiratório, cárdio-circulatório, assim como no comportamento, humor, memória, inteligência, na mente e na disposição física e sexual. A alimentação influi sobre o sistema de defesa do organismo, o sistema que determina a resistência, a condição mais importante para a manutenção da vida, pois determina se a pessoa será sadia ou doente. Não é o poder dos micróbios, vírus e bactérias que deve ser temido, mas a falta de resistência do organismo. Sem uma alimentação adequada, o organismo sofre alterações nas suas funções e fica sem resistência, sendo estas as causas principais de todas as doenças. Por isso se diz: "Somos o que comemos". Dependendo da alimentação, o sangue, será puro, vitalizador, levando saúde para todo o organismo, ou será intoxicado, cheio de venenos, provocando doenças e morte.

Hipócrates, o pai da medicina disse: "Que o teu alimento seja o teu medicamento e que o teu medicamento seja o teu alimento". E disse também: "Deixa de lado a droga, se puderes curar o paciente com alimento". O alimento, além de nutrir, é o melhor remédio. Dois aspectos da alimentação são importantes e devem ser considerados: a qualidade e a quantidade. Devemos saber: o que comer, quanto comer e como comer.

O QUE DEVEMOS COMER?


A alimentação, assim como todas as outras necessidades do nosso organismo, tem regras e leis que devem ser obedecidas. Não podemos determinar a nossa alimentação somente pelo gosto e o prazer que os alimentos proporcionam. Devemos saber se os alimentos são adequados e saudáveis, se vão contribuir para o bom funcionamento, boa defesa e resistência do nosso organismo.
Existem cinco grupos de alimentos:


· Frutas e vegetais;
· Pão, cereais, pasta e batatas;
· Carne, peixe;
· Leite e Lacticínios;
· Alimentos com gordura ou açúcar.


Para chegar a uma dieta equilibrada, devemos escolher uma variedade de alimentos dos primeiros quatro grupos. Os alimentos do último grupo nem sempre fornecem uma variedade de nutrientes, por isso deveriam ser consumidos com moderação.

REGRAS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL/ PARA UMA BOA SAÚDE


1- Utilizar alimentos de qualidade: limpos e frescos;
2- Fazer 5 a 6 refeições durante o dia, de 3 em 3 horas; isso obriga-nos a comer menos em cada refeição.
3- Incluir nas refeições alimentos de todos os sectores da roda dos alimentos, nas proporções por ela sugeridas;
4- Variar o mais possível de alimentos;
5- Não passar mais de três horas e meia sem comer;
6- Evitar alimentos com muito sal;
7- Evitar alimentos açucarados (bolos, rebuçados,refrigerantes, etc.);
8- Evitar os fritos ou ementas com muita gordura;
9- Consumir diariamente leite ou derivados;
10- Comer pelo menos três peças de fruta por dia;
11- Consumir produtos hortícolas no prato ou em saladas com abundância;
12- Comer leguminosas (feijão, grão) pelo menos duas vezes por semana;
13- Consumir diariamente sopa;
14- Preferir pão escuro (mistura de centeio e trigo) do tipo saloio ao pão mais branco (trigo);
15- Comer peixe pelo menos quatro vezes por semana;
16- Evitar consumir bebidas alcoólicas e refrigerantes;
17- Beber líquidos em abundância (água simples, limonada ou refrescos sem açúcar e infusões de ervas);
18- Cuidado com a adição de sal nos alimentos. Utilizar só o necessário.19- Comer com calma, mastigando correctamente os alimentos.
20- Fazer exercício físico regularmente.

OBESIDADE

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde.
A obesidade é considerada uma doença crónica, com enorme predomínio nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de mortalidade.
A obesidade causa variadas consequências graves para a saúde.

COMO SE DIAGNOSTICA A OBESIDADE?


A obesidade é avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Este índice mede a corpulência, que se determina dividindo o peso (quilogramas) pela altura (metros), elevada ao quadrado.




Segundo a OMS, considera-se que há excesso de peso quando o IMC é igual ou superior a 25 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30.


Índice de Massa Corporal









O QUE CAUSA A OBESIDADE?


O excesso de gordura resulta de sucessivas situações em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os factores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental. Uma alimentação com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.





QUAIS SÃO OS FACTORES DE RISCO?


  • Vida sedentária – quanto mais horas de televisão, jogos electrónicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;

  • Zona de residência urbana – quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;

  • Grau de informação dos pais – quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;

  • Factores genéticos – a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumentam a susceptibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar

QUE CONSEQUÊNCIAS TEM A OBESIDADE PARA A SAÚDE?


  • Aparelho cardiovascular – hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca e angina de peito;

  • Complicações metabólicas – hiperlipidemia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;

  • Sistema pulmonar – dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndroma de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;
    Aparelho gastrointestinal – esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;

  • Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;

  • Outras alterações – insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.


A obesidade provoca também alterações socio-económicas e psicossociais:



  • Discriminação educativa, laboral e social;

  • Isolamento social;

  • Depressão e perda de auto-estima.


COMO SE PREVINE A OBESIDADE?



  • Dieta alimentar equilibrada;

  • Actividade física regular;

  • Modo de vida saudável.

DIABETES



A diabetes é uma doença caracterizada por um aumento anormal da glicose ou açúcar no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, mas, em excesso, pode trazer várias complicações.
Quando não tratada adequadamente, a diabetes causa doenças como enfarte, o derrame cerebral, a insuficiência renal, problemas visuais e feridas de difícil cicatrização.
Embora ainda não haja uma cura definitiva para a Diabetes, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente.
Actualmente, 6% da população tem esta doença


QUEM ESTÁ EM RISCO DE SER DIABÉTICO?


A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:

  • Pessoas com familiares directos com diabetes;
  • Homens e mulheres obesos;
  • Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
  • Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
  • Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
  • Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS TIPÍCOS DA DIABETES?


Nos adultos – A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:
  • Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite;
  • Sede constante e intensa;
  • Fome constante e difícil de saciar;
  • Fadiga;
  • Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
  • Visão turva.

Nas crianças e jovens – A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se:

  • Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;
  • Ter muita sede;
  • Emagrecer rapidamente;
  • Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
  • Comer muito sem nada aproveitar;
  • Dores de cabeça, náuseas e vómitos.

CARIES



"Cárie" é uma outra forma de se denominar a deterioração do dente. A deterioração do dente é fortemente influenciada pelo estilo de vida do indivíduo – o que se come, como se cuida dos dentes, a presença de flúor na água ingerida e o flúor no creme dental. A hereditariedade também tem um papel importante na predisposição de seus dentes para se deteriorarem.

COMO É QUE EU SEI QUE ESTOU COM UMA CÁRIE?

Apenas o dentista pode dizer com certeza se é uma cárie. Isto porque as cáries se desenvolvem abaixo da superfície do dente, onde não se pode vê-las. Quando se ingere alimentos que contenham carbonatos (açúcar e amido), estes carbonatos são digeridos pelas bactérias da placa, produzindo ácidos que roem o interior do dente. Com o tempo, o esmalte do dente começa a fracturar por debaixo da superfície, enquanto a parte externa permanece intacta


COMO POSSO EVITAR O APARECIMENTO DAS CÁRIES?

· Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, e usar o fio dental diariamente, a fim de remover a placa bacteriana entre os dentes e sob a gengiva.
· Fazer avaliações regulares. O cuidado preventivo pode evitar que os problemas ocorram e que problemas menores se tornem sérios.
· Adoptar uma alimentação equilibrada, com pouco açúcar e amido. Quando ingerir estes alimentos, procure comê-los durante a refeição, e não como um lanche, para minimizar o número de vezes que seus dentes são expostos ao ácido.
· Utilizar produtos dentários que contenham flúor, incluindo o creme dental.

ANOREXIA




A anorexia é o comportamento de uma pessoa que se acha gorda e insiste em emagrecer. A maior parte dos casos, trás problemas a nível pessoal, social, psicológico e bastante stress.
A anorexia, normalmente, ocorre entre os 17 e os 30 anos e as mulheres são mais afectadas do que os homens.
As anorécticas não comem e arranjam sempre muitas desculpas para não comer e esconder a comida.Com o passar do tempo, para esconder a doença e por outro lado para “não cair em tentação”, vão-se isolando progressivamente das pessoas.

FACTORES PARA O INÍCIO DA ANOREXIA:

a) O cuidado da aparência física;
b) O ideal contemporâneo de beleza;
c) O papel central da beleza no cuidado do papel feminino;
d) A influência de grupos e de actividades culturais;
e) O preconceito contra os gordos;
f) A pressão para a magreza.


SINTOMAS:

Ø Emagrecimento excessivo;
Ø Cuidado excessivo com a alimentação;
Ø Desculpas para não comer;
Ø Isolamento, alterações de humor e agressividade;
Ø Excesso de exercício físico;
Ø Vómitos e uso de laxantes;
Ø Atitude demasiado critica quanto a sua imagem;
Ø Períodos menstruais que se tornam irregulares ou mesmo inexistentes;
Ø Medo de engordar;
Ø Perda de energia;
Ø Desidratação;
Ø Falta de ar;
Ø Batimentos cardíacos irregulares;
Ø Depressão profunda;
Ø Descalcificação dos dentes;
Ø Hipotensão;
Ø Anemia;
Ø Tendências suicidas;
Ø etc.

TRATAMENTO:

O tratamento deve ser acompanhado por:
Ø Psiquiatra
Ø Psicólogo
Ø Nutricionista
Ø Endocrinologia
Ø Assistente social


É importante, no tratamento, o paciente ter o apoio da família e dos amigos para não se sentir fraco e sozinho e para poder pensar que a recuperação pode ser possível.

BULIMIA


Bulimia nervosa é uma disfunção alimentar que tem maior incidência na adolescência e afecta 3 a 7% da população. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres.
A pessoa que sofre de bulimia, de acordo com alguns estudos efectuados, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, seguidos pelo sentimento de culpa. Esses episódios de intensa ingestão de alimentos ocorrem pelo menos duas vezes por semana, num período de pelo menos 3 meses.
Para "compensar" o ganho de peso, o doente exercita-se de forma desmedida, vomita o que come e faz uso excessivo de purgantes, diuréticos e edemas. Essas pessoas podem ainda jejuar por um dia ou mais na tentativa de compensar o comer compulsivo, muitas vezes entrando num repetitivo ciclo de intensa restrição alimentar alternado com excessos. O doente de bulimia, geralmente, tem um peso normal, levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à magreza da anorexia). Essa aparência de normalidade, muitas vezes, dificulta o diagnóstico do problema.



CAUSAS

· Achar que se tem um peso acima do que o que desejaria;
· Por se sentir gorda(o), por nunca estar magra(o) o suficiente;
· Por achar que a imagem reflectida no espelho não é a ideal;
· Por querer ser igual as modelos da televisão,
· Pelo estereótipo de beleza imposto pelos meios de comunicação sócia;
· Etc.

Não há uma única causa para explicar o desenvolvimento da anorexia e bulimia. Contudo, a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estão fortemente associadas à ocorrência destes distúrbios.
A comunicação social é uma das causas dos transtornos alimentares, visto que impõe o estereótipo em que a magreza é um factor essencial para o sucesso social e económico. As adolescentes são o grupo de maior risco. No entanto, há casos de todas as idades, de ambos os sexos. As principais consequências da anorexia e bulimia são alterações ao nível cardiovascular, gastrointestinal, depressão, fadiga e comportamento obsessivo-compulsivo. Em casos mais graves, estes problemas alimentares conduzem mesmo à morte.


CONSEQUÊNCIAS DA ANOREXIA E BULIMIA

DOENÇAS CARDIOVASCULARES


As doenças cardiovasculares afectam o aparelho cardiovascular, designadamente, o coração e os vasos sanguíneos.
A idade e a história familiar encontram-se entre as condições que aumentam o risco de uma pessoa vir a desenvolver doenças no aparelho cardiovascular. Contudo, existe um outro conjunto de factores de risco individuais sobre os quais podemos influir e modificar e que estão, sobretudo, ligados ao estilo e ao modo de vida actual.

A importância da luta contra as doenças cardiovasculares é ilustrada pelos factos seguintes:

1. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no nosso país e são também uma importante causa de incapacidade.
2. Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos – aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que aparecem as primeiras manifestações clínicas.
3. As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a morte – são frequentemente súbitas e inesperadas.
4. A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de factores de risco modificáveis.
5. O controlo dos factores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.

O desenvolvimento das ciências da saúde veio provar que a morte ocorrida em idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino, mas antes a doenças causadas ou agravadas pela ignorância das causas reais que a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenças cardiovasculares.
Os hábitos de vida adoptados por grande parte da população, como o sedentarismo, a falta de actividade física diária, uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje factores de risco a evitar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

HIPERTENSÃO ARTERIAL


A hipertensão arterial (HTA) é uma das doenças com maior predomínio no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da tensão arterial. Esse aumento pode ter como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o stress e outras. A sua incidência aumenta com a idade.


A hipertensão arterial é considerada uma doença silenciosa, pois na maioria dos casos não são observados quaisquer sintomas no paciente. Quando estes ocorrem, são vagos e comuns a outras doenças, tais como dor de cabeça, tonturas, cansaço, enjoos, falta de ar e sangramentos nasais. Esta falta de sintomas pode fazer com que o paciente se esqueça de tomar o seu medicamento ou até mesmo questione a sua necessidade, o que pode levar a um grande número de complicações.

Como prevenir a hipertensão arterial?

A adopção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir a ocorrência de hipertensão arterial. Entre os hábitos de vida saudável sublinha-se a importância de:


  • Redução da ingestão de sal na alimentação;

  • Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas;

  • Prática regular de exercício físico;

  • Consumo moderado do álcool (um máximo de 30 ml etanol/dia nos homens e 15 ml/dia para as mulheres);

  • Cessação do hábito de fumar;

  • No caso dos indivíduos obesos, é aconselhável uma redução de peso.


A ausência de quaisquer sintomas durante a fase inicial da doença faz da medição regular da tensão arterial um hábito a seguir. Todos os adultos, em particular os obesos, os diabéticos e os fumadores ou com história de doença cardiovascular na família, devem medir a sua pressão arterial pelo menos uma vez por ano.

DESNUTRIÇÃO


A desnutrição é uma doença causada por uma alimentação inapropriada, também pode ser causada por má-absorção de nutrientes ou anorexia. Acontece, principalmente, em indivíduos de classe social baixa e, principalmente, nas crianças de países subdesenvolvidos.
CONSEQUÊNCIAS

· Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos do corpo. Em estado mais avançado há insuficiência cardíaca e, posteriormente, a morte.
· Sistema imunitário: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os nutrientes necessários para produzir as células de defesa. Logo, são comuns infecções intestinais, respiratórias e/ou outras. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre pior em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lenta.
· Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia.

COLESTEROL



O colesterol é um esterol encontrado nas membranas celulares de todos os tecidos do corpo humano, que é transportado no plasma sanguíneo de todos os animais.
Não existe colesterol em nenhum produto de origem vegetal. Plantas apresentam um produto similar chamado de estigma estiro, que não é absorvido pelo corpo humano.
A maior parte do colesterol presente no corpo é sintetizada pelo próprio organismo, sendo apenas uma pequena parte adquirida pela dieta. Portanto, ao contrário de como se pensava antigamente, o nível de colesterol no sangue não aumenta se aumentar a quantidade de colesterol na dieta. O colesterol é mais abundante nos tecidos que mais sintetizam ou têm membranas densamente agrupadas em maior número, como o fígado, medula espinhal, cérebro e placas ateromatosas (nas artérias). O colesterol tem um papel central em muitos processos bioquímicos, mas é mais conhecido pela associação existente entre doenças cardiovasculares e as diversas lipoproteínas que o transportam, e os altos níveis de colesterol no sangue (hipercolesterolemia).
O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da corrente

sanguínea ele liga-se a diversos tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que tem sua superfície exterior composta principalmente por proteínas hidrossolúveis.

CAUSAS DE UM ELEVADO COLESTEROL

O colesterol é tão importante que o corpo tem a capacidade de produzir toda a quantidade que precisa. Por sorte, o corpo também possui mecanismo para ponderar os níveis de colesterol.
Quando se ingere muito colesterol na forma de alimentos, o corpo reduz a quantidade que produz. O corpo também pode se livrar do excesso de colesterol na bílis que é eliminada do corpo pelas fezes.
Algumas vezes, essa capacidade de ponderar o colesterol entra em colapso. Nesse caso, é provável que haja um componente genético. Em outros casos, independente da boa constituição natural, o colesterol alto pode ser consequência de um estilo de vida inadequado – especialmente nossa alimentação.


CONSEQUÊNCIAS DE UM ELEVADO COLESTEROL

Com o colesterol em níveis elevados, ocorre o depósito de gordura nas paredes dos vasos que conduzem o sangue, onde há formação de placas.
Com isso, os vasos correm serio risco de entupimento (obstrução).
As placas podem obstruir parcialmente uma artéria, impedindo ou diminuindo a passagem do sangue.
Quando isso acontece no coração, temos o ataque cardíaco ou enfarto do miocárdio; quando acontece no cérebro, provoca derrame cerebral.
Na perna, se a obstrução for total, pode ocorrer a gangrena.

Por isso há que ter uma alimentação cuidada e saudável para evitarmos o colesterol elevado no nosso organismo.

CURIOSIDADES SOBRE ALIMENTOS

  • Como é que se sabe o número de calorias de um alimento?
    Somam-se as calorias produzidas pelas gorduras, proteínas e hidratos de carbono, que entram na composição dos alimentos e têm a função de produzir energia para o organismo.

  • De onde vem o caviar?
    O caviar é feito de ovas salgadas de esturjão, o maior peixe de água doce do mundo. Elas precisam ser retiradas do peixe ainda vivo num prazo máximo de 15 minutos para depois serem peneiradas, lavadas e secas.




  • Quando o chocolate fica esbranquiçado, está estragado?
    Não, o chocolate com aspecto esbranquiçado sofreu a acção do calor. Um dos principais componentes do chocolate é a manteiga de cacau. Quando o produto é exposto a temperaturas acima de 28ºC, ele amolece e a manteiga separa-se do cacau. A manteiga fica concentrada na superfície do chocolate mesmo depois dele voltar a endurecer.

  • Porque é que a pimenta nos faz espirrar?
    Um dos culpados disso é o óleo encontrado na pimenta, que é retirado das sementes da planta que é usado para condimentar linguiças, molhos, carnes, etc. Outra culpada é a piperina, substância presente nas pimentas preta e branca. Mas, espirramos principalmente porque se costuma usar a pimenta em pó, e quando as suas partículas são aspiradas pelo nariz, o organismo tende a expeli-las, assim como faz com qualquer outro tipo de pó.

  • Porque as pipocas arrebentam?

  • O grão de pipoca contém água no seu interior. A explosão da pipoca não é nada mais do que a expansão do vapor de água dentro do grão. Sabe-se que muito antes de Colombo descobrir a América, os índios do norte do continente americano já comiam pipocas. Eles começaram a fazê-las com a espiga inteira colocada num espeto e levada ao fogo. Depois, passaram a deitar os grãos soltos directamente para o fogo. Outra forma era cozinhar o milho numa panela de barro cheia de areia quente.


  • Por que as frutas mudam de cor quando amadurecem?
    A maturação das frutas é caracterizada, entre outras coisas, por uma alteração de cor. Este fenómeno, acompanhado por um amolecimento da polpa da fruta, deve-se a transformações químicas verificadas em função da temperatura, da intensidade luminosa e do teor do oxigénio e gás carbónico dos tecidos da fruta.

  • Porque é que descascar cebolas nos faz chorar?
    A cebola tem um óleo que evapora quando ela é cortada ou descascada. O vapor do óleo afecta os nervos do nariz que estão ligados aos olhos. Por isso eles lacrimejam.


  • Por que os queijos suíços têm buracos?
    Os buracos são formados com a expansão de gases emitidos por uma bactéria. Ela é colocada durante os primeiros estágios da produção do queijo suíço e ajuda a amadurecê-lo e a dar-lhe o seu sabor característico.


  • Batata foi levada pelos Portugueses da América para a Europa
    A batata é uma planta nativa da América. Era cultivada pelos índios do México e do Peru, muito antes dos Descobrimentos. Foi levada pelos Portugueses para África e Ásia e de lá o seu consumo espalhou-se pela Europa.


    · Milho é muito mais do que alimento
    O milho é uma maravilha da natureza. Afora ser alimento precioso, dele se obtêm muitos produtos, desde a cola fina, usada em selos e envelopes, ao óleo comestível. Do milho pode-se extrair matéria-prima para fabricar tintas, tecidos, papel, substitutos da borracha, sabão, álcool e até pólvora sem fumaça.